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sábado, 8 de setembro de 2012

Mil vidas de amor - Parte 2

Ao terminar de ler já não tinha mais lagrimas. Eram lagrimas de saudade. Queria ele comigo. E eu queria essa criança, mas não sabia se era o certo da fazer. Coloquei a carta de volta ao envelope ainda chorando e peguei em minha mão a caixa menor. Abri ela e me surpreendi. Nela havia dois pares de sapatinhos de bebes, uma rosa bebe e outro azul bebe. Peguei na mão primeiro o azul e sorri. Era lindo. Me imaginei cuidando de uma criança. Apertei ele e dentro vi que havia um saquinho, daqueles de jóias. Tirei de dentro e abri, havia um colar com uma medalhinha da santa de quem Luan era devoto, Nossa Senhora de Aparecida. Era tão linda. Depois de observar, guardei da mesma forma. Peguei o rosa, era tão delicado... E dentro havia um outro colar com um pingente de um anjo. Guardei novamente e fechei as coisas, deixando da mesma forma que antes. Coloquei ela em cima da mesa de centro e encostei a cabeça no sofá. Deixei toda a dor sair de meu coraçõa, até adormecer, ali mesmo no sofá. 

Abri os olhos e a dor de cabeça era evidente. Levantei devagar. Estava com dor nas costas também. Sentei no sofá e respirei fundo. Olhei a caixa na minha frente e passei a mão pelos cabelos. Tinha uma decisão á tomar, e não faria isso sozinha. Levantei, tomei remédio pra dor, e entrei no chuveiro. Tomei um banho gostoso, e chorei durante ele. Levei meus cabelos e me esfreguei com força. Parecia que estava tirando toda a dor de mim. Sai e me arrumei, secando meus cabelos e me permitindo usar a roupa que Luan havia de dado um dia antes do acidente pela primeira vez. Toda vez que á via, eu chorava. Mas dessa vez foi diferente. Me senti mais forte, e sorri lembrando de como havia ganhado ela. Me sentia bem, cheguei até á estranhar por alguns minutos. Vestida com aquela roupa simples, mas que lembrava meu estilo antes do acidente, sai com minha moto, levando a caixa numa sacola. Pode parecer estanho, mas até meu estilo eu mudei... Virei mais seria, e aquela menina que usava shorts curtos e all star sumiu. Pela primeira vez em um ano me senti feliz. Sentia meus cabelos voando ao vento, pois também havia me permitido deixar meus longos cabelos soltos. Nunca mais tinha saído com eles soltos, não sentia vontade, Luan amava eles, e antes eu os soltava para ele. Era estranha aquela sensação de estar bem comigo mesma. Sim, aquela carta havia me dado forças. Parei a moto em frente á casa dos pais do Luan. Desci e peguei a caixa, batendo na porta em seguida. Fazia aproximadamente 3 semanas que não os via, eles com uma freqüência de mês em mês aparecem em casa, vão ver como estão as coisas lá. Dona Marizete me atendeu. Sorri surpresa ao me ver e me abraçou, forte. Deixou algumas lagrimas caírem e eu á consolei. Entramos e fui caminhando até a sala com ela, conversando. 
- Você está tão linda hoje! E soltou os cabelos... Eles estão tão belos Be! - Ela elogio.
- Obrigado! A Senhora está muito bem também! 
Ao em ver, Seu Amarildo levantou, me abraçando e perguntando como estava. 
- Eu preciso falar serio com vocês. - Sorri. 
- O que houve querida? - Dona Marizete perguntei agradavelmente. 
- Acho que viram que eu estou bem não é? Na verdade, acho que uma certa caixa hoje me deu forças, um motivo á mais pra me sentir mulher... Eu já tomei uma decisão, mas quero á opinião de vocês... 
Passei á caixa pra eles, sorrindo. Dona Marizete á abriu e logo pegou a caixa menor. A carta estava em cima, e ela abriu, mas parou quando viu a caligrafia do filho. Deu pro marido e com um olhar triste pediu pra ele ler. Assim ele fez, lendo em voz alto e parando um pouco quando se sentia emocionado demais. Quando Luan falava do nosso filho, Dona Marizete sorriu, com lagrimas nos olhos e passou a mão pela caixa menor, abrindo á. Abriu delicadamente cada pacotinho de cores diferentes e sorria ao ver o que o filho tinha deixado. Ao terminar de ler, Seu Amarildo dobrou os papeis. 
- E... O que você decidiu? - Seu Amarildo perguntou.
- Eu... Eu quero ter essa criança. Mas não quero que isso seja problema pra vocês... 
- De jeito nenhum Beatrice! - Dona Marizete se manifestou imediatamente. - Se esse era desejo de Luan, e agora é o seu... Não tem por que sermos contra, não é amor? - Sorri e Seu Amarildo concordou. - Muito pelo contrario, eu vou amar ter um neto do Luan, e ainda mais por ser seu... 
Me deixei ficar emocionada e abracei eles. 
- Be, vamos dar o apoio total, acompanhar tudo, tudo bem? 
- Como quiserem! - Sorri.
- É bom te ver sorrir... 
- Agora é vida pra frente, cuidar do meu filho, e com Luan no coração e no pensamento...
Eles deram um sorriso forçado. Sabia que eles estavam felizes por mim, mas eles eram pais, e talvez ainda fosse difícil pra eles.
- Quando vai atrás de Jorge? 
- Amanha mesmo! Eu não vou falar com meus pais... 
- Be, eu acho melhor...
- Eles não vão me apoiar... Vão dizer que é loucura, que eu não posso ter um filho sozinha, ainda mais com o pai morto... E eles são tão conservadores, nunca vão apoiar uma inseminação artificial... 
- Eu entendo. - Seu Amarildo falou. - Mas então, temos que te alertar... Você tem certeza? Não vai ter o pai ao lado, quando começar a entender as coisas... Vai se difícil explicar... 
- Não importa, vou enfrentar tudo nem se for sozinha mesmo, eu quero um filho dele, do amor da minha vida! 
Fiquei mais um tempo ali conversando e acabei voltando pra casa. Liguei pra Jorge e contei tudo sobre a carta. Ele, não demostrou surpresa e ao atender o telefone, disse que sabia que eu ligaria. Novamente perguntou se eu tinha certeza. Todos me perguntavam isso, não tinha por que não querer essa criança. Eu já a amava sem existir e queria muito, seria meu filho com o amor da minha vida e eu tinha boas condições financeiras pra cuidar dela. Além do meu renomado trabalho como uma fotografa famosa, tinha um bom dinheiro que Luan me deixou. Eu teria aquela criança. No dia seguinte, Jorge me acompanhou até a clinica, com um horário marcado. Como Luan disse, eles não me impediram, marcaram tudo necessário pra inseminação, e em seguida, o grande dia. E então, depois de dois meses daquela carta, eu fiz a inseminação.

Oi amores, desculpa estar postando só hoje. Sabe, eu fiquei realmente emocionada com os elogios e comentários sobre esse conto. Fiquei tão feliz pela aceitação que resolvi prolongar esse conto á pedidos. Serão quatro partes. Vocês ainda vão chorar muito kk Bom, é isso. Espero que gostem dá parte 2. Beijoooos ;* Posto depois de 9 comentarios...

15 comentários:

  1. Aí amor to chorando de novo eita!! Hehe beijos @jenynha_ms

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  2. Jú, vc me fazendo chorar de novo u.u Ficou linda demais a segunda parte *-* não vejo a hora de ler a terceira e a quarta! :)

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  3. assim vc vai matar as negas de tanto chorar
    @LSeTWamoreterno

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  4. lindoos amei muito emocionantes

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  5. Assim você me mata de tanto chorar U.U, Esperando anciosamente pela 3° parte! ;x haha

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  6. nossa chorei mais uma vez com esse conto não vejo a hora de vc postar o outro

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  7. [AAA] eu chorooo dimais aq ! maais amr

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  8. oba vai ter mais partes assim eu me acabo de vez *muiiito lindooo♥'

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  9. Tem que me fazer chorar né ???? tem que fazer chorar meu deus !

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  10. vou morre cara amei esse conto posta mais neguinha bjuuu

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  11. Que lindo heein.. quer me fazer chorar mais ainda?? rsrs Menina máa! Juba que bom que ela aceitou ter a criança.. Vai ser linda igual o pai.. Aaai posta mais amiga!

    Giovanna Simon

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  12. NOOOOOOOOOOOSSINHORA, CHOREI LITROS AGORA ;((
    Coração dói demais só de pensar nisso :x
    Posta mais õ/
    Letícia

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  13. ha cada palavra fica melhor!!! @baahh_martins

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